INFORMATIVO

18/12/2020 EMBOLIZAÇÃO DE MIOMA UTERINO

PRÉ-EMBOLIZAÇÃO

PÓS-EMBOLIZAÇÃO

Os miomas uterinos representam o mais comum tumor pélvico em mulheres, com prevalência de 20 a 40% ao redor dos 35 anos. A histerectomia tem sido tradicionalmente o tratamento primário para o leiomioma uterino em pacientes com prole constituída. Nos EUA, um terço de todas as histerectomias tem como indicação específica o mioma uterino como patologia principal.

Em mulheres que desejam preservar a fertilidade, a miomectomia (endoscópica ou laparotômica) é considerada o tratamento de escolha. Verifica-se algumas controvérsias sobre a morbidade deste procedimento e estudos relatam que múltiplos miomas estão associados com aumento do sangramento durante a cirurgia, estendendo-se assim o tempo cirúrgico, dor no pós-operatório e dias de internação e muitas é necessária transformar uma miomectomia em uma histerectomia por problemas técnicos na tentativa da realização de uma miomectomia.

A literatura demonstra que uma boa parte das mulheres submetidas a tratamento do mioma uterina preferem outro tipo de procedimento que não a histerectomia. Apesar deste procedimento proporcionar resolução completa dos sintomas, muitas pacientes estão pouco dispostas a assumir os riscos, o desconforto e a perda inevitável do potencial de gravidez, e mesmo aquelas que não desejam gestar podem reclamar de uma sensação de vazio após a remoção do útero. Essas considerações incitaram a procura de tratamentos menos invasivos para esta patologia.

embolização da artéria uterina surge como método não cirúrgico altamente efetivo no tratamento de hemorragia pélvica aguda e crônica, e em citações clínicas diversas: hemorragia pós-parto; gravidez ectópica; trauma; hemorragias relacionadas com neoplasia; malformações artéria-venosas. Recentemente, iniciou-se a aplicação da embolização com tratamento alternativo para o leiomioma uterino (embolização de miomas), recebendo atenção especial inicialmente como uma maneira de reduzir o número de histerectomias, hoje como uma alternativa para preservar o útero em situações em que a miomectomia torna-se uma cirurgia de riscos maiores de perda o útero como um todo.

Segundo o especialista em embolização de mioma, Dr. Claudio Atsushi Yokoyama , embolização de mioma uterino é uma alternativa para conservar o órgão reprodutivo feminino, porque mesmo a miomectomia, que é a cirurgia para a extração somente do mioma, há o risco da perda total do órgão. ” O mioma se desenvolve na parede muscular do útero e se ele estiver encostado no músculo, às vezes, é necessário a remoção total do órgão.

De acordo com o médico Dr. Claudio A. Yokoyama,, a função da embolização é diminuir o tamanho do mioma, para cessar a hemorragia e as dores causadas pelo mesmo e preservar o útero. “Nesse procedimento é realizado um cateterismo para obstruir as artérias que irrigam o mioma, assim ele seca, mumificando, as células morrem”, explica. “Para a realização desse procedimento deve-se levar em consideração o quadro da paciente e, fundamentalmente, a avaliação e o consentimento do seu ginecologista” ressalta o médico especialista. Ele explica que a embolização é realizada por um radiologista intervencionista, e não pelo ginecologista.

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