INFORMATIVO
30/11/2020 Intervenção do mioma assegura integridade do útero e facilita gravidez
Embolização arterial é o método mais moderno para o tratamento de mioma, doença que pode atingir cerca de 35% das mulheres em todo o mundo, dificultando a conquista da maternidade em alguns casos.
O mioma ainda é um dos tumores benignos ou fibromas uterinos mais comuns nos dias de hoje. Uma entre cada cinco mulheres pode ter esses fibromas durante a idade fértil, período que se estende da menarca até a menopausa, aparecendo de forma discreta nas mulheres a partir dos 30 anos e de modo mais expressivo nas mulheres de 50, quando metade delas podem apresentar os fibromas
O grande desafio das mulheres é vencer o mioma sem causar a histerectomia do útero, especialmente para aquelas que ainda desejam ter filhos. Mas o tipo de tratamento e as indicações variam de acordo com os sintomas, podendo ser expectante, medicamentoso, miomectomia, histerectomia e embolização.
“Hoje, já consagrado cientificamente, o procedimento consiste em bloquear o fluxo sanguíneo intencionalmente nas artérias que estão alimentando o mioma. Nós introduzimos microesferas que atuam precisamente nos pontos de nutrição do mioma, com o objetivo de obstruir esses vasos. Dessa forma, eles não conseguem se alimentar e morrem. O tratamento é realizado sob sedação consciente e raquianestesia. A paciente recebe alta hospitalar em 24 horas e entre cinco a sete dias poderá retornar às suas atividades do período pré-operatório”, explica o médico radiologista intervencionista.
“O benefício da nova tecnologia está justamente na garantia da integridade do útero e no fato de ser um procedimento sem corte. Além disso, a embolização segue preceitos da medicina moderna, que preconizam a menor invasividade possível, tempo de recuperação mais rápido, menos dor e também proporciona melhores resultados estéticos para o paciente”, defende o especialista.
Os resultados clínicos da embolização já foram amplamente descritos em inúmeros artigos científicos publicados na literatura médica ao longo dos últimos dez anos .
O médico radiologista intervencionista Paulo Sérgio Andrade (CRM 17.054) os resume da seguinte maneira: nove entre cada 10 mulheres que tinham sangramento intenso voltam a ter menstruação normal; nove entre cada 10 mulheres que tinham dor provocada por miomas relatam desaparecimento do sintoma; e o tamanho do útero e dos miomas regride em até 50% nos três primeiros meses após a embolização e em até 90% após um ano.
“Os efeitos provocados pela embolização são permanentes, o que raramente torna necessário algum procedimento terapêutico adicional. E a maioria das mulheres, assim que retomam o ciclo menstrual regular, já podem engravidar”, avalia Andrade, ciente da importância desses resultados para a saúde da paciente e das futuras mamães.
Fonte: Intervenção do mioma assegura integridade do útero e facilita gravidez – Saúde Business (saudebusiness.com)