INFORMATIVO
29/10/2020 Mioma: um problema que atinge muitas mulheres
O que são?
Também conhecido como Tumor Fibróide Uterino ou Leiomioma, os Miomas são tumores/nódulos benignos que crescem a partir do tecido muscular do útero. A incidência é alta nas mulheres em idade reprodutiva (50-80%), sendo que a maioria terá regressão espontânea durante a menopausa. Algumas mulheres, entretanto, apresentam sintomas que justificam o tratamento desses nódulos.
Quais são os sintomas?
A depender do tamanho e da localização do mioma a paciente pode apresentar:
- Aumento do período menstrual;
- Sangramento intenso;
- Dor abdominal e pressão pélvica;
- Dificuldade para evacuar;
- Micção frequente;
- Desconforto durante relação intima.
Como faço o diagnóstico?
Geralmente é feito após avaliação do ginecologista e exames de imagem (Ultrassom, tomografia ou ressonância). Mas por se tratar de uma enfermidade assintomática, o diagnóstico também pode ser feito de forma incidental por exames de rotina.
Tratamento
Há diversas opções de tratamento para os miomas uterinos. Uma das opções é o tratamento minimamente invasivo com a embolização do tumor. Através da punção de uma artéria periférica, navega-se com um cateter até a artéria uterina (artéria nutridora do útero e miomas) e após avaliação da circulação local, são ocluídos os ramos que nutrem os tumores com pequenas esferas.
No pós-operatório, o principal sintoma é a dor, com necessidade de controle, mas também pode apresentar febre baixa, náuseas e corrimento vaginal – todos autolimitados. Em curto prazo a recuperação às atividades habituais é precoce.
Espera-se a redução de 40-60% do volume do tumor em até quatro meses, redução suficiente para controle e melhora dos sintomas no longo prazo, resultado que se assemelham às técnicas convencionais como a cirurgia.
Os únicos casos em que nunca se deve realizar a embolização do mioma uterino são em casos de gestação, doença maligna uterina e infecção ativa.
Após 25 anos de experiência com a embolização de miomas a técnica já é sabidamente segura e efetiva para o tratamento dos nódulos. Sendo o risco de infertilidade após procedimento baixa e associada à realização inadequada da técnica.
É importante a presença do seu ginecologista para indicação e acompanhamento junto com ao intervencionista para realização do procedimento. Por isso procure um médico especialista e com experiência no assunto para cuidar da sua saúde.
Fonte:
Fonte: dr. Leonardo Guedes Moreira Valle, Médico especialista do Hospital Einstein