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28/06/2023 Miomas Uterinos
leiomiomas

Mioma não é um câncer, mas pode atrapalhar muito a qualidade de vida da mulher. Também chamados de leiomiomas ou fibromas, são tumores benignos formados por tecidos musculares, que aparecem no útero e acometem pacientes na fase reprodutiva, seja na primeira ou na última menstruação. Sua ocorrência consiste em uma desordem hormonal, relacionada especialmente pelo estrogênio.

Porque os Miomas aparecem?

Estima-se que, pelo menos, metade da população feminina tenha ou apresentará algum mioma na vida, com maior incidência na faixa entre os 30 e os 50 anos de idade. As ocorrências podem variar entre um único mioma, de tamanho comparado a um grão de feijão, até miomas múltiplos e de volumes expressivos.

Tipos de Miomas

Existem três formas básicas de classificação de um mioma, definidas conforme sua localização, que interferem diretamente na manifestação ou não de sintomas.

  • Mioma subseroso: localiza-se na parte de fora do útero e normalmente não apresenta sintomas. No entanto, pode ocasionar a compressão de outros órgãos, como a bexiga e o intestino, se atingir grandes volumes.
  • Mioma intramural: este é identificado na parede uterina, no músculo do útero. Pode ocasionar dores no período menstrual e cólica acentuada, dependendo do seu crescimento.
  • Mioma submucoso: este é o tipo mais sintomático, pois fica muito próximo da camada mais interna do útero, chamada de endométrio. Sua ocorrência está diretamente associada a hemorragias, cólicas e pode necessitar de tratamento.

Sintomas

A maioria dos miomas ocorre de forma assintomática e apenas requer acompanhamento médico após a identificação. Em muitos casos, a descoberta se dá por meio de um exame de rotina como o ultrassom, realizado por outras enfermidades. Além de estar condicionada à localização, a manifestação de sintomas também depende da dimensão e da quantidade de miomas. Os mais comuns são:

  • Fluxo de sangramento acima do normal no período menstrual (percebe-se pelo uso mais frequente de absorventes e/ou por coágulos no sangue)
  • Mudança no padrão de menstruação, com sangramento prolongado (a perda excessiva de sangue pode ocasionar anemia)
  • Aumento do volume abdominal
  • Sensação de peso no abdômen inferior e cólicas mais agressivas
  • Vontade de urinar com maior frequência e dificuldade de esvaziar a bexiga
  • Dor durante a relação sexual

Dependendo da localização, o mioma pode obstruir a tuba uterina, dificultando a chegada dos espermatozoides até o óvulo e causando infertilidade. Também há risco de distorcer o formato do útero, prejudicando a gestação e o crescimento do bebê, sendo uma das causas de abortamento.

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Fatores de Risco

A medicina ainda não sabe precisamente o que causa o aparecimento de um mioma, mas algumas mulheres têm maior probabilidade de serem acometidas, conforme determinados fatores de risco:

  • Primeira menstruação em idade precoce
  • Histórico de mãe ou irmã acometidas por mioma
  • Estatisticamente, mulheres negras têm maior propensão a desenvolver mioma
  • Obesidade
  • Nunca ter engravidado

Tratamentos

Se a paciente apresenta um ou mais miomas pequenos, de localização favorável e sem retrospecto de crescimento durante o acompanhamento, o tratamento pode não ser necessário.

A decisão sobre tratar ou não o mioma deve considerar fatores como a manifestação de sintomas, a idade da paciente e o desejo de preservar o útero ou de engravidar. Se houver indicação médica, o tratamento pode ocorrer por via medicamentosa ou cirúrgica.

Tratamento clínico – anti-inflamatórios não-hormonais; antifibrinolíticos; anticoncepcionais; DIU de progesterona isolada; análogos do GnRH

Tratamento cirúrgico – histerectomia (retirada do útero); miomectomia (retirada apenas do mioma)

Embolização de miomas uterinos

Por ser minimamente invasiva e por preservar o útero, além de exigir menos tempo de internação hospitalar, a embolização das artérias uterinas é um procedimento muito considerado para pacientes com miomas.

A técnica visa obstruir o fluxo sanguíneo para o útero. Esta técnica é realizada por um médico especialista em Radiologia Intervencionista. Conheça os médicos colaboradores membros do Portal Dica Médica especializados neste tratamento.

Como é realizada a embolização

A Embolização é realizada durante um procedimento de arteriografia por meio de cateterismo. Uma pequena punção com anestesia local é realizada na virilha ou no braço, e então, um pequeno cateter é introduzido até dentro das artérias que levam o fluxo de sangue para o útero (artérias uterinas). Em seguida, pequenas partículas sintéticas são injetadas no interior desses vasos, a fim de obstruir o seu fluxo sanguíneo. Com isso, o útero e os miomas passam a receber pouca irrigação e, consequentemente, reduzem o seu tamanho e melhoram os sintomas. O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, com anestesia, e a paciente costuma ficar internada por 1-2 dias.

Ablação de mioma por radiofrequência

A ablação por radiofrequência também é uma opção de tratamento minimamente invasivo, eficaz e seguro em relação aos miomas. O método é realizado por meio de uma agulha fina e pequena, guiada a partir de um ultrassom transvaginal. Esta técnica é executada por um médico Radiologista Intervencionista, especialista neste tipo de procedimento. Conheça os médicos colaboradores membros do Portal Dica Médica especializados neste tratamento.

Como é realizada a ablação

Uma vez que a agulha entra em contato com o mioma a ser tratado, o médico promove um aumento controlado da temperatura até a destruição do tecido naquela região. Trata-se de um eletrodo ativo que emite as ondas de radiofrequência, de forma a não deixar cortes ou cicatrizes.

Toda a ação ocorre com a paciente sedada e dura entre 30 a 40 minutos. A alta ocorre no mesmo dia, poucas horas após a intervenção. O volume dos miomas regride de 60 a 80% após seis meses do tratamento, garantindo uma melhora significativa dos sintomas.

Menor risco de complicações

Procedimentos médicos contemplam alguns riscos, mas os métodos intervencionistas, de modo geral, são aqueles que apresentam os menores índices de complicações. Dos riscos possíveis em relação à embolização, os principais são observados no local da punção (dor e hematoma), assim como pode haver dor nos primeiros dias na região do útero.

Em relação à ablação, o risco de lesão térmica ou perfurante é considerado raríssimo. A perda de sangue no procedimento é controlada e o risco de hemorragia é reduzido. Como não há cortes, o risco de infecção também é muito baixo.

Fonte:

Dr. Rafael Dahmer Rocha

Radiologista Intervencionista e Angiorradiologista CRM/SC 16059 RQE 14330

Miomas Uterinos (dicamedica.com.br)

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