INFORMATIVO
14/07/2022 Adenomiose
O útero é um órgão do sistema reprodutor feminino que está localizado na região pélvica, atrás e por cima da bexiga, adiante do recto, continuando-se inferiormente pela vagina.
Trata-se de um órgão com uma cavidade central, a cavidade uterina, que está revestida pelo endométrio. A parede uterina está formada em grande parte por uma camada muscular denominada de miométrio.
O endométrio prolifera durante o ciclo menstrual e descama durante a menstruação, sendo exteriorizado através da cavidade uterina para a vagina e daí para o exterior.
O endométrio e o miométrio estão separados por uma camada denominada de linha juncional ou zona de transição, uma vez que demarca a transição entre o endométrio e o miométrio.
O Útero tem diferente zonas, sendo que o fundo do útero é a mais superior, o colo do útero a mais inferior e o corpo do útero a maior, entre o fundo e o colo do útero. A cavidade uterina comunica com o interior das trompas ou tubas uterinas (trompas de Falópio) ao nível das extremidades laterais do fundo uterino.
O que é a adenomiose?
A Adenomiose Uterina é uma doença benigna onde ocorre um espessamento dentro das paredes do próprio útero provocando sintomas como dor, sangramento ou cólicas fortes, especialmente durante a menstruação.
Na Adenomiose há uma infiltração do endométrio que normalmente reveste apenas o interior da cavidade uterina e passa a infiltra-se na espessura da parede do corpo do útero (miométrio).
Chama-se a isto focos ectópicos (fora do local normal) de endométrio na espessura das paredes do útero.
Que tipos de adenomiose existem?
De acordo com o grau de invasão do corpo do útero pelo endométrio a adenomiose pode ser focal, nodular ou difusa.
Quais os sintomas da adenomiose?
Os principais sintomas da adenomiose são:
- Inchaço da barriga;
- Cólicas muito fortes durante a menstruação;
- Dores pélvicas, mais intensas no período peri-mentrual;
- Dor durante a relação sexual;
- Aumento da quantidade e duração do fluxo menstrual;
- Prisão de ventre e dor ao evacuar.
Os primeiros sintomas de adenomiose podem surgir 2 a 3 anos após o parto, mesmo nos casos em que a mulher já tem adenomiose desde a infância, e geralmente deixam de surgir após a menopausa, quando o ciclo menstrual deixa de acontecer.
Como posso diagnosticar a adenomiose?
A ecografia permite o diagnóstico na maioria dos casos. Contudo, a RM pélvica é o exame de eleição, que permite diagnosticar a adenomiose com maior acuidade.
Os critérios por RM para o diagnóstico de adenomiose são: espessamento da linha juncional que separa o endométrio do miométrio superior a 12mm e microquistos na espessura do corpo uterino
A adenomiose pode afetar a gravidez?
A Adenomiose pode provocar complicações graves para a mulher grávida com adenomiose, como gravidez ectópica ou aborto, por exemplo, sendo recomendado o acompanhamento regular do obstetra, para que sejam evitadas essas complicações.
Além disso, em alguns casos a Adenomiose, pode dificultar a fixação do embrião no útero, dificultando assim a gravidez, levando a infertilidade.
Os sintomas de Adenomiose aparecem geralmente após a gravidez, devido ao aumento do útero que acontece, e por isso, a maioria das mulheres consegue engravidar e ter filhos antes do aparecimento da doença.
Quais as causas da adenomiose?
As causas da Adenomiose ainda não estão muito bem esclarecidas, porém essa condição pode ser resultado de traumas no útero devido a cirurgias ginecológicas, mais de uma gravidez ao longo da vida ou devido ao parto cesária, por exemplo.
Além disso, a Adenomiose pode ser uma das causas de outros problemas como dismenorreia ou hemorragia uterina anormal, sendo muitas vezes difícil de diagnosticar.
Quais as opções de tratamento?
Os tratamentos para a Adenomiose incluem medicamentos como os anti-inflamatórios, para o alivio da dor e inflamação. Tratamentos com medicamentos hormonais, como pílula contraceptiva com progesterona, Danazol, ou dispositivo intra-uterino com progesterona são também frequentemente utilizados.
A opção cirúrgica geralmente consiste na remoção de todo o útero ou histerectomia. A cirurgia para remoção do útero elimina completamente os sintomas da doença, porém apenas é feita em casos mais graves, quando a mulher já não pretende engravidar e quando a adenomiose provoca dor constante e hemorragia abundante.
Esta doença tem cura através da cirurgia para retirada do útero, porém, este tipo de tratamento só é feito quando os sintomas não conseguem ser controlados com remédios anti-inflamatórios ou hormonas, por exemplo.
Havia falta de uma técnica de tratamento eficaz para a adenomiose e que permitisse preservar o útero – foi neste contexto que a Embolização Uterina começou a ser utilizada. A Embolização Uterina é uma opção eficaz no tratamento dos sintomas das mulheres com adenomiose e que permite preservar o útero.
Qual a diferença entre adenomiose e endometriose?
Enquanto que na Adenomiose os focos ectópicos de endométrio se localizam apenas na espessura das paredes do útero, na endometriose, os focos ectópicos de endométrio estão localizados fora do útero, geralmente nas paredes da região pélvica ou nos outros órgãos pélvicos.
Enquanto que a Adenomiose pode ser tratada por Embolização Uterina, a endometriose não. Não é raro a mesma doente ter adenomiose e endometriose, uma vez que estas duas doenças têm processos muito semelhantes e causas comuns. Tratam-se de manifestações em locais diferentes do mesmo tipo de doença.
Fonte: https://tiagobilhim.pt/adenomiose/
Me tire uma dúvida no caso de adenomiose , sendo feito o tratamento a um ano com hormônio. Anticoncepcional ao parar o sangramento é cortado com transamim e é tomado também o antiflamatorio cetoprofeno.So corta o fluxo menstrual no 4 ou 5 dia…mesmo com remédio. Seria recomendável a retirada do útero?
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