INFORMATIVO
02/12/2020 Saiba Mais Detalhes Sobre os Miomas Uterinos
Você sabia que os Miomas Uterinos são os tumores pélvicos que mais afetam as mulheres? Embora o nome assuste, o mioma uterino é considerado benigno, ou seja, seu crescimento não é canceroso. Estima-se que cerca de 70% das mulheres com até 45 anos de idade tenham miomas uterinos, que podem ser classificados como único ou múltiplo, ter diferentes tamanhos e localização no útero.
O mioma recebe diversas nomenclaturas de acordo com o local do útero em que se encontra. Os miomas uterinos mais comuns são os subserosos, localizados sob a superfície externa do útero; intramurais, na parede do útero; submucosos, sob o revestimento do útero; e pediculado. Ocasionalmente, alguns miomas podem localizar-se nos ligamentos largos (intraligamentares), nas tubas uterinas ou na cérvice.
Sintomas
Na maioria dos casos, os miomas uterinos despertam alguns sintomas como: sangramento uterino anormal (menorragia ou menometrorragia), dor e pressão pélvica, sintomas urinários (aumento da frequência ou urgência urinária), alterações intestinais (constipação intestinal), bem como complicações gestacionais. Entretanto, vale ressaltar que alguns miomas são pequenos e assintomáticos, geralmente sendo detectados apenas por meio de exames.
Diagnóstico
Para que os miomas sejam diagnosticados, normalmente são feitos exames pélvicos clínicos ou solicitados exames de imagem como ultrassonografia (transvaginal) ou sonografia com injeção de solução salina (sonohisterografia). Estes exames têm como finalidade definir o tamanho do mioma, acompanhar sua evolução e diferenciá-lo de outras anormalidades, como as massas ovarianas.
Tratamento
Dependendo do tipo de mioma, nenhum tratamento é indicado, apenas o acompanhamento médico por meio de consultas e exames regulares. Quando há tratamento, normalmente é feito por meio de medicamentos, com a principal função de aliviar os sintomas e preparar a paciente para uma futura cirurgia.
Há medicamentos que também são utilizados para que os miomas reduzam de tamanho, porém eles podem desencadear efeitos colaterais, como a interrupção da menstruação, que em alguns casos pode ser positivo, pois evita o sangramento excessivo que está diretamente associado à anemia.
Em casos mais graves, o tratamento cirúrgico é o mais indicado e umas das técnicas que engloba é a Histerectomia, que consiste na retirada cirúrgica parcial ou total do útero por via vaginal, abdominal ou pela laparoscopia, o que dependerá do tamanho e da localização do mioma.
Outra técnica cirúrgica menos invasiva é a Miomectomia, caracterizada apenas pela remoção dos miomas, conservando desta forma o útero. A Miomectomia também pode ser feita utilizando as vias abdominais; por meio da laparoscopia, em geral quando os miomas são subserosos ou via histeroscópica, para miomas submucosos.
O tratamento que utiliza a Embolização, por sua vez, é considerado recente e conservador, pois não retira o útero. Na Embolização é inserido um pequeno cateter pelo sistema arterial na virilha, que é controlado por um radioscópico (imagem). Este cateter vai até as artérias uterinas e com a utilização de um material apropriado provoca o entupimento do vaso sanguíneo, interrompendo o fluxo de sangue que irriga o mioma.
Fonte: https://cosp.med.br/saiba-mais-detalhes-sobre-os-miomas-uterinos