INFORMATIVO
21/08/2020 Transplante de ovário: uma opção para preservar a fertilidade
Cerca de 60 bebês vieram ao mundo graças a essa técnica. Testado pela primeira vez no fim década de 1990, o autotransplante de ovário rendeu sua primeira prole em 2003, na Bélgica. “É um método novo, mas que avança a passos largos”, afirma o médico Giuliano Bedoschi, especialista em reprodução humana e diretor da Clínica Mater Prime (SP).
Bedoschi recentemente publicou um estudo em que descreve dois casos de mulheres que, em virtude de um câncer, aceitaram se submeter a esse procedimento com o objetivo de não ficarem inférteis por causa do tratamento —quimioterapia, radioterapia e mesmo cirurgia podem lesar os órgãos reprodutivos. “De 80 a 90% das pacientes vêm da oncologia. O restante apresenta uma menopausa precoce e severa”, relata o expert, que realiza seu doutorado na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.
Mas como funciona? Em resumo, os médicos extraem parte do tecido ovariano antes da terapia e o congelam . Quando a paciente encerra a parte mais agressiva do tratamento, em tese já estaria apta a receber o ovário de volta. Mas isso não é uma obrigatoriedade.
Uma das voluntárias atendidas por Bedoschi reimplantou o órgão sete anos depois de estar curada, enquanto a outra demorou 12 anos — ambas conseguiram ter filhos. “Nós costumamos recolocar o tecido quando surge o desejo de engravidar. Mas outros grupos vem experimentando fazer essa parte final do método antes”, explica.
Do ponto de vista de saúde, pode ser interessante abreviar esse tempo, uma vez que o transplante evitaria a menopausa precoce, atrelada a sintomas desagradáveis, como fogachos e perda de libido. No en…
Fonte: https://saude.abril.com.br/medicina/transplante-de-ovario-uma-opcao-para-preservar-a-fertilidade/